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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

A GENTE QUER COMIDA, DIVERSÃO E ARTE!


“Você tem sede de que?
Você tem fome de que?...
A gente não quer só comida
A gente quer comida
Diversão e arte” – Titãs; comida.


Não há dúvidas de que a cidade do Rio de Janeiro é uma cidade maravilhosa, porém, toda sua estrutura é direcionada para o turismo, “pros gringos ver e gastar”. São raros os cariocas que conhecem perfeitamente sua cidade e história, não por falta de vontade, mas por falta de condições financeiras para investir nos diversos pontos de cultura e lazer que o Rio oferece. Infelizmente, quase todos os pontos turísticos são pagos. Pão de Açúcar? R$ 53,00. Visitar o Jardim Botânico? R$ 6,00. Cristo? R$ 43,00. Forte de Copacabana? R$ 06,00. Ilha Fiscal?R$ 15,00. Museus? (variações nos preços que podem chegar de R$ 6,00 a R$ 15,00). Ou seja, tudo tem um preço.

O transporte público também contribui para que o carioca não tenha acesso à cultura. De um canto para outro se paga caro em passagens – tudo bem que existe o bilhete único, entretanto se torna cansativo ter que pegar dois, três, quatro ônibus para chegar a um determinado lugar e quando finalmente chegar ainda ter que pagar para entrar. A situação fica ainda mais complicada quando se trata dos trabalhadores que ganham apenas um salário mínimo.  Pais e mães de família com a responsabilidade de manter uma casa e filhos, como podem eles arcar com eventos culturais, arte e lazer?

Pensando nessas situações do cotidiano não apenas do povo carioca, mas dos brasileiros é que o governo sancionou nesta semana o vale cultura, o qual  começará a valer a partir do segundo semestre de 2013. O trabalhador que ganha até cinco salários mínimos terá direito ao benefício no valor de R$ 50,00, que poderá ser investindo, por exemplo, em cinemas, teatros, na compra de livros e CDs. A população vibra com o incentivo do Ministério da Cultura, planejam assinaturas com revistas e jornais, os jovens estudantes com compra de livros, visitações a museus.



O interessante é que, o filho do pedreiro ou da secretária doméstica poderá desfrutar de ambientes que até então só era possível à classe média, como por exemplo, assistir uma peça teatral. Contudo, embora a iniciativa seja formidável, esperamos que essa bolsa seja momentânea, o importante a ser feito é levar cultura ao povo de uma forma gratuita. Uma cultura popular, feita por e para o povo, onde não será necessário comprarmos cultura, lazer e arte.


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