JESUS LIDANDO COM AS MINORIAS.

     A Igreja Cristã não é feita de templos feitos por mãos humanas, mas sim de homens e mulheres que buscam se parecer com o Mestre. Somos templos do Espírito quando reconhecemos nossos limites, fraquezas, pois, se fossemos santos como muitos  pregam, não haveria a necessidade do Cristo, salvaríamos a nós e ao mundo. 

   Mas, ao longo dos séculos, a Igreja se perdeu em um profundo amontoado de soberba, dogmas e doutrinas. Deixou que as heresias que antes combatiam, bem como os Frutos do Espirito, morressem para o mundo. Guerras foram e são declaradas em nome de Deus, escravizações, opressões as minorias (mulheres, negros, homossexuais, indígenas, prostitutas, pobres e etc). A verdade é que muitos utilizam o nome de Deus para defender os seus próprios preconceitos (etnocentrismo) e esquecem a forma como Jesus lidou com as minorias. Não somos vistos como Luz do mundo, mas como Trevas. 

    Porém, se queremos resgatar o verdadeiro cristianismo e  sermos sal da terra, é necessário que compreendamos que: devemos resgatar o Cristianismo puro e simples, a comunhão entre os irmãos, amor e respeito ao próximo e levar a mensagem  do "Ide a todo mundo e pregai ao evangelho" as minorias. Devemos levar a mensagem de um homem que nasceu pobre mesmo sendo rei, trabalhou como carpinteiro, teve Maria sua mãe não como uma santa, mas como uma mulher guerreira e muito à frente da sua época; alimentou e deu água de beber aos que necessitavam, lavou os pés dos seus servos em uma atitude de humildade, sentou-se a mesa com prostitutas, ladrões e todos aqueles que eram ignorados e excluídos da sociedade. Não prometeu prosperidade e uma vida regada a flores, muito pelo contrário, o Filho do Homem não tinha nem onde repousar a cabeça. Prometeu paz de espirito mesmo quando o mundo vivesse em guerra: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”. João 14:27

      Foi e é amigo de todos aqueles que o buscam, sua mensagem é de amor e não de ódio: “O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamei-vos amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos dei a conhecer”. João 15:12-15 

    Enfim, se buscarmos olhar as Escrituras Sagradas com um olhar Espiritual, julgaremos menos, respeitaremos e amaremos mais ao próximo e seremos imitadores do Cristo ao saber lidar com os que estão a margem da sociedade.

Não crucifiquem o Cristo, apenas vendam-o.

Infelizmente haverá muitos evangélicos comemorando a presença do mundo gospel nas telinhas da Plim Plim.
No entanto, isso nada tem haver com o "ide e levai o evangelho a toda criatura", o mandamento do Cristo de propagação do evangelho. Isso tem a ver com comercio, o mesmo que os Fariseus faziam no Antigo Testamento. No popular, "comercio gospel", manipulação de massas, jogo de interesses, toma lá da cá.

Se aceitam um conselho: desliguem a TV e vão ler a Bíblia.

Para mim, TODA felicidade do MUNDO!

Amar é bom, quando a gente ama a gente se respeita.

PARA VIDA TODA.

OS ÓCULOS DO AMOR.

Meu avô tem o costume de se esquecer onde guarda os óculos e em 30 e 30 minutos pergunta: " Onde estão os meus óculos, onde estão?" - Muitas vezes o bendito óculos se encontra sobre a sua cabeça alva.

Engraçado é ele não sentir que os óculos estão sobre si, mas que precisa enxergar; que os óculos é o responsável pelo que dá visão para suas vistas tão cansadas.

Olhei a cena e nada falei, apenas observei os óculos sobre sua cabeça. E silenciosamente sorri olhando para seu nervosismo a procura do acessório.

Olhei profundamente para mim e chorei. Chorei silenciosamente. Há pessoas que tem dificuldade em enxergar devido à canseira causada pela idade, fator natural da velhice; há pessoas como eu, que não enxergam a beleza da vida. Cansadas se encontram em sua “trindade pessoal”: Corpo, alma e espírito. Tão sem luz, tão ser cor, niilista apenas se encontram.

Digo-te então que ganhara eu um óculos. Nem quadrado, nem tão redondo. Sem armações, mas com uma lente que me fizera ver a alma... Alma do meu mais profundo ser, do meu mais profundo querer. De uma forma piedosa, o bom Senhor, concedera a mim a oportunidade de avistar a beleza da vida. Poder sorrir com o sorriso dos anjos, sentir-se protegida como uma criança embalada no sono no colo da mãe; do silencio e das palavras não ditas que nunca eram precisas, pois, existia uma sintonia que as dizia uma-a-uma sem o precisar abrir dos lábios, só a voz mansa do coração.

Embrulhada em lágrimas devo dizer que a preciosidade dos óculos me foi perdida. Foi em uma manhã ou tarde, em uma hora não importante, que me vi cega novamente. Debruçava-me encolhida, chorando mansinho, a procura dos óculos.

Cadê meus óculos? Cadê?

Por dias eu o procurei, e não o encontrei.
Queridos, os meus óculos era o amor e somente com o amor era que eu via. Estou cega, completamente cega, mas, agradecida ao bom Senhor por ter me concedido à sensação de “shangri-La” em alguns instantes, um sentimento único e puro, ao qual chamei de meu amor. Quero acreditar que alguma garotinha ainda mais cega do que eu posso ter o encontrado; Que seja tão pura e tão linda a visão dessa menina como foi a minha ao usá-lo. Que ela possa ver a grandeza da vida olhando com os óculos do amor.

"Mas isso é menos do que tudo"

Entre putas sujas saindo dos seus cabarés, com seus vestidos escandalosos, suas unhas vermelhas, e o gosto do sexo anelado ao seu corpo. Tendo o seu cheiro como a mistura do suor de varios homens , o resto do gozo embutido em suas vestes e seu perfume barato. No seu hálito fica a certeza de quantas bebidas tivera que tomar goela abaixo para encarar a imagem de tantos velhos que gemeram por horas diante do seu corpo. Alguém que ela nunca lembrará o nome.

Recordava então dos seus poucos anos de idade, dos sorrisos, dos vestidos bordados, dos cabelos soltos ao vento, a alma tão limpa quanto a cara. Do primeiro amor. O toque daquele rapazinho que a estremecia por inteiro e parecia devorar-lhe pelo espírito. Sonhou, sonhou. Quem a ver nesse estado não imagina que fora os sonhos que a transformara.

Culpar-se-a? Seu corpo já não corresponde a nenhum sentido, quando o único sentido que possuía, seus sonhos, fora humilhado. E qualquer homem que a toque, e qualquer homem que a deseje, e o cheiro do sexo em seu corpo não significa nada.

Não, não, esse não é o estado da decadência. O estrago é o amar, o amar alguém e esse te deixar prostada, sozinha; É desejar o amor acima de tudo e esse com tanta frieza, tanto escarnio, ignora-la.

Quantos são os caras que dizem amar-te? Sorriem com os olhos, olham com os lábios, o mundo deixa de ser mundo para ser apenas duas vidas em uma só. O bordado, cabelos soltos ao vento, a risada escandalosa acompanhada de doçura, fazem-te acreditar na vida sem precisar ser reeiventada. E não se precisa de mais nada, além disso: o amor.

E o "tempo, tempo, ano velho" muda o tempo do tempo. Ele muda, e não percebe que o sentido de uma vida, de uma alma, de um caminhar, se resume em respirar, acordar para amar, por amar.


E por esses sonhos tão vazios é que ela acorda e dorme. Dorme com vários caras.

Não, ela não se sente usada quando dorme com qualquer um; ela sente-se usada quando usam o seu amor, quando usam os seus sonhos, quando brincam com seus medos, quando dizem ama-la e isso não se sente.

Uma frase bem interessante já ouvirá " a pior covardia de um homem é despertar o amor de uma mulher sem ter a intenção de ama-lá".

Chega em casa.

Perto da sua cama um porta retrato, da epoca onde se era possivel sorrir, se era possivel sonhar. Ela sabe que a sua dignidade não fora atingida.

Dizer adeus; Dizer a Deus.

Tenho que aprender dizer adeus;
Tenho que aprender a dizer a Deus;
A tudo isso que hoje me consome
e me fez perder o rumo;
Tenho que aprender dizer adeus,
as amizades que se vão
e me deixam "plantada" no meio da esquina da vida,
e sem me dizer adeus, e sem dizer a Deus, me deixam...
Como uma criança assustada,
Como um velho cheio de sabedorias,
mas sem saber o que o espera após tanta canseira,e o que virá após a morte.
Como uma noiva a sonhar com o conto de fadas,
e esse não virá a existir;
Tenho que aprender a dizer a Deus, sim, eu tenho;
A falta que hoje você me faz;
Dizer adeus a todas as nossas palavras;
Dizer a Deus o quanto te amo;
Dizer adeus a esse amor que ferve no meu peito,
que fatiga a minha alma,e me deixa no chão das esquinas,
Bebada e cheia de sonhos vãos.
Dizer adeus, Dizer a Deus.




(Vitória).